Um estudo produzido por pesquisadores chilenos deduz que fortalecer um ecossistema confiável de notícias, baseado em padrões jornalísticos de produção,...
IA "desonesta" na "economia da intenção", a nova fronteira da manipulação de dados
Um outro braço da economia está em desenvolvimento. Com o uso de inteligências artificiais e ferramentas que colhem, organizam e...
O risco global de censura à diversidade em nome da liberdade de expressão
Eventos recentes no setor de tecnologia ofuscaram as demonstrações de poder das big techs e colocaram em pauta alternativas viáveis...
Meta faz prenúncio de que soberania digital é a pauta das 'big techs'
Estamos de volta, com o primeiro boletim do ano, agora quinzenal. Neste ano, vamos acompanhar como as tecnologias influenciam o...
Três fatores que desafiam a Democracia no circuito da desinformação em 2025 [#37]
Concluímos aqui nossa jornada de produção com 37 boletins semanais e um relato exploratório, trazendo leitura crítica e análises a...
Intimidade entre 'big techs' e poderes de Estado ameaça defesa de direitos [#36]
Enquanto o STF avalia se plataformas devem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais sem decisão judicial prévia, o Senado pode aprovar...
Limites do Marco Civil da Internet à liberdade de expressão em debate no STF [#35]
O Supremo Tribunal Federal (STF) debate a constitucionalidade do Marco Civil da Internet, legislação pioneira que completou uma década, em...
Ilusão de consensos, realidades sob medida e a crise da informação [#34]
A realidade feita sob medida e a ilusão de consensos são fruto de uma crise na qual a polarização e...
Ampliar o alcance da veracidade é um exercício analógico de escolhas [#33]
Já expusemos em um de nossos boletins que orientar os algoritmos de recomendação para valorizar a civilidade nas redes e...
Onde tudo parece mentira, ceticismo pode minar os fatos com falsas equivalências [#32]
Lição tirada nas eleições nos Estados Unidos: a economia da atenção eleitoral não dispensa mentiras e falsidades, mas a retórica...
LEITURA CRÍTICA
BOLETINS SEMANAIS
Confiança na mídia não é suficiente para desfazer crenças infundadas
Um estudo produzido por pesquisadores chilenos deduz que fortalecer um ecossistema confiável de notícias, baseado em padrões jornalísticos de produção, tem mais força no combate à desinformação do que estimular a confiança das pessoas em veículos tradicionais de comunicação. No complexo fenômeno da "desordem informacional", as muitas nuances da desinformação pedem a compreensão de que inclusive a imprensa pode ajudar na disseminação de informações erradas e não verificadas quando reproduz discursos mal-intencionados em notícias sem a adequada apuração. Nesse sentido, a marca que sustenta a notícia não estaria no veículo ao qual é tradicionalmente relacionada, mas em padrões de produção que ampliam a representatividade, diversificam a abordagem, verificam os dados e as afirmações e desmentem rumores.
EDIÇÕES ANTERIORES
IA “desonesta” na “economia da intenção”, a nova fronteira da manipulação de dados
Um outro braço da economia está em desenvolvimento. Com o uso de inteligências artificiais e ferramentas que colhem, organizam e interpretam dados comportamentais e psicológicos de nossos rastros digitais, nossos planos e propósitos estão virando moeda. É o que os pesquisadores estão chamando de “economia da intenção”. Nessa nova fronteira, a possibilidade de que já exista uma IA "desonesta", provida de autonomia e "autoconsciência" capaz de "trabalhar contra interesses humanos", também oferece riscos inteiramente diferentes dos que são discutidos em debates publicados pela mídia. Pode parecer alarmista, mas a questão é que há indícios em estudos com base em Ciência de um cenário no qual nossas decisões sejam vendidas antes que as tomemos e os algoritmos possam aprender por conta própria a driblar obstáculos que se contraponham à sua programação. Se for assim, discutir qual 'chatbot' de IA é melhor, mais completo e menos manipulador torna-se irrelevante.
O risco global de censura à diversidade em nome da liberdade de expressão
Eventos recentes no setor de tecnologia ofuscaram as demonstrações de poder das big techs e colocaram em pauta alternativas viáveis contra o monopólio digital que controla dados pessoais e fluxos de informação em rede. A explosão do DeepSeek foi o resultado mais proeminente de um movimento que propõe a criação de redes descentralizadas e protocolos abertos para devolver aos usuários o poder de definir seu próprio “destino digital”. Ao que parece, a mentalidade do Vale do Silício, cuja percepção de sucesso e de inovação tornou-se hegemônica, começa a enfrentar um esforço concorrente e de fôlego renovado no sentido de combater a censura à diversidade promovido pelas grandes corporações em nome da liberdade de expressão.
Meta faz prenúncio de que soberania digital é a pauta das ‘big techs’
Estamos de volta, com o primeiro boletim do ano, agora quinzenal. Neste ano, vamos acompanhar como as tecnologias influenciam o consumo de informação qualificada. O primeiro prenúncio de que as grandes empresas de tecnologia apostam em uma soberania digital foi dado pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg. Ao menos nos EUA, suas plataformas não contarão mais com a verificação especializada dos fatos. Também há mudanças nas políticas de moderação de conteúdo, mais permissivas com postagens sobre temas sensíveis que, em países como o Brasil, podem ser consideradas ilegais. Em nossa leitura crítica, o discurso de que as medidas procuram ampliar a liberdade de expressão sugere uma estratégia de tensionar as leis e as normas contra a manipulação do debate público e o monopólio da infraestrutura de redes, essenciais para o controle político nas decisões sobre o negócio.
Três fatores que desafiam a Democracia no circuito da desinformação em 2025 [#37]
Concluímos aqui nossa jornada de produção com 37 boletins semanais e um relato exploratório, trazendo leitura crítica e análises a respeito dos impactos da desinformação em processos eleitorais e os impactos das eleições no uso da internet e das mídias digitais. As escolhas legislativas e jurídicas no extremo entre a punição e a leniência, a ingerência de grandes grupos econômicos nas decisões de Estado para conter os danos da desinformação e a hiper fragmentação da realidade desenhada pela ilusão de consensos são três fatores que apontamos como desafiadores para a Democracia no próximo ano. A anulação das eleições na Romênia, as decisões jurídicas sobre o Marco Civil da Internet e a regulação do uso de Inteligência Artificial no Congresso, a influência das 'big techs' dentro do governo Trump e o terrorismo digital são alguns dos elementos que alimentam desinformação, desconfianças e incertezas.