Estamos de volta, com o primeiro boletim do ano, agora quinzenal. Neste ano, vamos acompanhar como as tecnologias influenciam o...
Três fatores que desafiam a Democracia no circuito da desinformação em 2025 [#37]
Concluímos aqui nossa jornada de produção com 37 boletins semanais e um relato exploratório, trazendo leitura crítica e análises a...
Intimidade entre 'big techs' e poderes de Estado ameaça defesa de direitos [#36]
Enquanto o STF avalia se plataformas devem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais sem decisão judicial prévia, o Senado pode aprovar...
Limites do Marco Civil da Internet à liberdade de expressão em debate no STF [#35]
O Supremo Tribunal Federal (STF) debate a constitucionalidade do Marco Civil da Internet, legislação pioneira que completou uma década, em...
Ilusão de consensos, realidades sob medida e a crise da informação [#34]
A realidade feita sob medida e a ilusão de consensos são fruto de uma crise na qual a polarização e...
Ampliar o alcance da veracidade é um exercício analógico de escolhas [#33]
Já expusemos em um de nossos boletins que orientar os algoritmos de recomendação para valorizar a civilidade nas redes e...
Onde tudo parece mentira, ceticismo pode minar os fatos com falsas equivalências [#32]
Lição tirada nas eleições nos Estados Unidos: a economia da atenção eleitoral não dispensa mentiras e falsidades, mas a retórica...
Fantasia, omissões e violência no encalço da Democracia [#31]
Revelar os "mistérios" por trás das falsidades contadas para desinformar é tão importante quanto as refutar com discursos racionais. É...
Diálogo e participação política sofrem mais ameaças a cada ciclo eleitoral [#30]
Na edição de número 30 do boletim “Desinformação em Pauta”, nossa leitura crítica traz argumentos sobre como o circuito da...
IA nas eleições traz mais riscos ao senso de realidade do que ao voto [#29]
O super ciclo eleitoral deste ano revela como conteúdos de desinformação produzidos com Inteligência Artificial intensificam a corrosão do senso...
LEITURA CRÍTICA
BOLETINS SEMANAIS
Intimidade entre ‘big techs’ e poderes de Estado ameaça defesa de direitos [#36]
Enquanto o STF avalia se plataformas devem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais sem decisão judicial prévia, o Senado pode aprovar nesta semana o projeto de lei que regula o uso de inteligências artificiais no Brasil. o Judiciário tende a apertar o cerco às plataformas e o Legislativo ameniza a responsabilização das empresas desenvolvimento de tecnologias que impactam na liberdade de expressão e na integridade da informação em meios digitais. Nesse cenário, as 'big techs' investem cada vez mais na presença direta em decisões de Estado e determinados governos promovem a judicialização de liberdades, a estigmatização da imprensa e o uso de tecnologias de vigilância como forma de controle.
EDIÇÕES ANTERIORES
IA nas eleições traz mais riscos ao senso de realidade do que ao voto [#29]
O super ciclo eleitoral deste ano revela como conteúdos de desinformação produzidos com Inteligência Artificial intensificam a corrosão do senso de realidade, mais do que influenciam o voto. Os indícios são de que a IA tem contribuído até agora para gerar um "vácuo de confiança" que políticos extremistas estão explorando para desacreditar o sistema democrático. A campanha eleitoral no Brasil mostrou que "comportamentos inautênticos coordenados", típicos do mundo digital, ganharam as ruas com atores interpretando perfis falsos para espalhar desinformação. As ferramentas de IA tendem a se somar a práticas nocivas já bem conhecidas de desinformação, com potencial para as eleições de 2026.
Impacto eleitoral nas tecnologias é maior do que o digital nas eleições? [#28]
Como já apresentamos nas nossas leituras críticas, o uso de IA para gerar conteúdo sintético de desinformação não se concretizou nas eleições municipais deste ano. Mas o terreno onde irregularidades com esse tipo de tecnologia pode florescer foi semeado, especialmente na corrida pela prefeitura de São Paulo. A Justiça Eleitoral tem se antecipado ao impacto das tecnologias em eleições porque está avalizada pelo Legislativo, que se vem se eximindo de regular nesse campo. Os limites estabelecidos no âmbito das eleições têm ajudado a entender os riscos enfrentados pela Democracia diante dos avanços tecnológicos. A questão é saber se as resoluções normativas estão moldando as decisões fora da esfera eleitoral ou não.
Desinformação eleitoral tensiona a Justiça com velhas práticas [#27]
Desordem informacional teve nome e sobrenome nas estratégias de campanha para as eleições que fecharam o primeiro turno no domingo (06/10). Fraude, discurso violento e mentiras marcaram um processo eleitoral pautado em velhas práticas de desinformação, subvertendo as preocupações da Justiça com o uso de Inteligência Artificial. Os principais desafios foram controlar as tensões provocadas por candidatos, especialmente Pablo Marçal, que usaram as brechas nas normas eleitorais para ganhar visibilidade. Marçal é visto como um fenômeno por ter alcançado um número de votos expressivo na maior cidade do país ao explorar os recursos oferecidos pelas 'big techs' para lucrar no âmbito político com a economia da atenção e superou a IA como ameaça à integridade das eleições.
Argumentos já desmentidos retomam fôlego na desinformação política [#26]
A desinformação política, especialmente em períodos eleitorais, é reciclada com pequenas alterações e volta a circular mesmo depois de amplamente desmentidas suas mentiras e tentativas de manipulação. Um estudo da Newtral, na Espanha, revela que 25% das verificações refutam conteúdo reciclado com estratégias que envolvem a criação de dados, mudanças de contexto e a combinação de múltiplas afirmações para dificultar o trabalho de checagem. A imprensa, por seu lado, muitas vezes recorre a declarações oficiais para refutar alegações falsas ou enganosas, em uma postura pouco crítica e investigativa. Na democracia veloz das mídias digitais, o combate à desinformação precisa ir além de desmentir boatos. Requer uma imprensa mais crítica e a implementação de mecanismos de controle social que pressionem as instituições democráticas a práticas mais transparentes.